Encontrei o disco de Bel Divioleta bem ao acaso, dizia-se ser algo próximo a Bossa Nova, mas cantado em castelhano, claro depois da primeira nota, já notei que de Bossa não tinha nada. Então lá fui eu escutar.. Talvez fosse pop, talvez apenas umas musiquinhas lentas, enfim, não importa muito a rotulação, é música, eu gostei. Também acredito que dá pra aprender algo do idioma, bom, talvez não possa ser apresentado ao idioma pela música, mas como já tenho uma basezinha depois desse tempo em Castela, escutar ajuda pelo menos a não esquecer o pouco que aprendi… Certo é que não parou de tocar ainda, o disco todo da jovem madrilenha que está em seu album solo de estréia “Espejos”, e antes disso fazia parte de um grupo chamado “Las Escarlatinas”, cujo disco também já estou tratando de adquirir aqui… =)
Tag: Música (Page 15 of 15)
Outra música que sempre toca no repertório da bandinha… Do grupo argentino “La Mosca Tsé-tsé“.
Em Salamanca, todos os domingos a noite há um pequeno espetáculo, no O’haras, um pub irlandês, um bar, um lugar pra assistir alguns jogos (de futebol, de rugby, ou qualquer outro esporte que esteja passando), enfim… Nas noites de domingo o O’haras recebe um quarteto que toca algumas músicas brasileiras (dentre as quais muitas de Jorge Ben, e de vez em quando uma ou outra bossa), e algumas músicas não sei se típicas de seus paises de idioma castelhano, mas que não desagradam o ouvinte. Bom, sempre é repetido o mesmo repertório, o que faz com que a primeira visita seja bastante agradável, depois não fica desagradável, mas as visitas acabam por se restringir mais, principalmente quando aparece alguem para conhecer a cidade num domingo.
Bom uma das músicas tocadas lá, das cantadas em castelhano, eu nunca havia ouvido falar, era essa: “El Muerto Vivo” de Gerardo González Herrera. Nessa versão cantada por Peret e Marina “La Canillas”. Bacana a música. =)
O computador é uma fonte de problemas sem fim. Desde quando me lembro de usá-lo, me lembro de problemas. Sejam técnicos, ou de qualquer outra ordem. Um desses, de outra ordem, é ver como as antigas gravadoras foram usurpadas de seu poder, não só as gravadoras enfim, o negócio de música passou e continua passando por uma certa transformação. Primeiro veio a negação, ora, ” -Vamos acabar com isso de mp3!”, depois a perseguição, ” -Prende quem usa pra inibir o uso!!!”. Pessoalmente eu sou defensor dos mp3, apesar de não saber como resolver a equação “ouvinte-artista” (os intermediários da relação (gravadoras), estes que criem uma solução pra si próprios), acredito eu que a solução para o problema tem muito mais haver com aceitação que com prisão, já que se forem prender todos que tem uma mp3 pela qual não pagou direito autoral no computador…
Mas bem, isso deve acontecer com o computador porque é com certeza um aparelho capaz de fazer muitas coisas, com um aparelho comum, você realiza uma tarefa específica, com um computador não, você pode realizar várias tarefas a vez, escrever, escutar música, ler, enfim, as tarefas crescem contingencialmente. Então, outro problema posto, tambem desses de outra ordem, mais sério ou não, seria o de copiar-colar. Os professores tem horror, tambem falam de direito autoral etc, etc, etc, e claro, se o aluno cresce fazendo uma coisa na escola, vai levar pra universidade e a tendência natural é o crescimento do problema. Mas…
Onde está mesmo o problema? Copiar e Colar… Não há problema no copiar, sempre se copiou (claro, há quem chame de “citação”), agora com internet, mudou uma coisa só, que todos acham um absurdo a coisa do colar. Eu tambem acho que existe ai um problema, no colar… Se alguem copia e cola, não lê, e não lendo… O computador não é um bicho que vai acabar com a educação, tampouco vai desaparecer o computador por causa dela. Mas em lugar de culpar o computador pelos problemas educacionais, poderia-se observar que escrevendo a mão, você pode até copiar, mas não pode colar. E não podendo colar, você é obrigado a ler, se o problema é aprender, se resolve algo, e depois se ensina as crianças a “citar”.
PS: Claro que isso pode ser viável dependendo do nível educacional a que se aplique, quanto mais alto mais falho…
PS2: Foi porque mesmo que eu resolvi escrever essas baboseiras no natal?!?!?! FELIZ NATAL galera. =)
Bom, uma das primeiras impressões de Andrei por aqui, foi sobre os barulhos… Bom, nesta época ainda estava no Brasil, e não tinha muita noção do que se tratava, imaginava, mas nada além disso. Depois se tornou uma constatação.
A esse respeito, e gostando muito de informática e afins, observei tambem, que a falta de “…carrocinhas de forró eletrónico, …, vizinhos que ouvem som alto desde cedo, …”, enfim, a falta de gente com sons em carro e carrocinhas sempre passando dispostas a vender alguns discos pirateados (aqui tambem tem pirataria e sons em carro, com a diferença que não se “abre a mala pra soltar o som” que eu tenha visto, em hora nenhuma), bom isso não faz com que as pessoas escutem menos músicas. Pelo contrário, acho até que se escuta mais música aqui por estas bandas, todos, ou quase todos, ou ainda aqueles que querem, andam escutando músicas, em celulares, e em mp3 players, com certeza, cada um com sua seleção preferida, sem incomodar ninguém.
Então, se todos andam escutando músicas individualmente, com certeza se escuta mais música aqui que em qualquer outro lugar por onde estive, e incrivelmente, dentre os mp3 players que mais vejo, pasmo quando constato que, o que mais há são Ipods, o modelo é o nano, que nas versões atuais de 8Gb e 16Gb custam 139€ e 189€ respectivamente. Um mp3 player comum, de 8Gb custa em torno de 40€ no máximo por aqui. Hora, o Ipod custa 100€ a mais que um mp3 player comum… Bom, não sei como se faz mágica, mas certamente Steve Jobs sabe. O Ipod é travado, só funciona com programas da Apple, faz de tudo pra inviabilizar a pirataria, tem tudo pra ser um fracasso de vendas, e é o que mais há nas ruas, o nano é um sucesso, e as músicas tambem, cada um com a sua preferida.
Eu prefiro ter aquela velha opinião formada sobre tudo??? Ou ser uma metarmofose ambulante sobre essa besteira toda???
Raul Seixas, Genial…
Bom, algum tempo atrás (quase quando cheguei na realidade), fui a apresentação de um professor do curso de Belas Artes daqui, amigo de Aureci, que na verdade é amiga de quase todo mundo na cidade, e foi muito boa a apresentação. Bom, eu gosto de sair, para conversar sentado nas mesas por ai é uma boa, ou até ficar em casa mesmo, pois o mais importante é a conversa afinal, escutando uma boa música, tanto melhor… Bom, então nem precisa dizer que quase nunca escutava boa música quando saia pra conversar, há não ser nas minhas andanças com Rodrigo, onde conheci seu primo, Dedé, que toca tudo de Vinicius de Moraes, e Chico Buarque, e mais muitos outros, e Demetrius, que sabe muito bem até as músicas das quais gosto, e por ultimo, ir a minha casa escutar música no computador… Fora essas situações era muito difícil, infelizmente, escutar algo que se aproveitasse… Não que não tenha, pois se tem, e muito!
Bom, espantado, escutei o professor cantar, voz e violão, no melhor estilo barzinho do Brasil, não, não era uma grande produção musical, era apenas um simples voz e violão, mas enfim, cantar músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, e Carlos Lyra, num português que ele se esforçava muito pra pronunciar, mas conseguia uma pronuncia quase perfeita. Pensei, pois tive que sair do Brasil, para escutar boa música brasileira, (que não fosse tocada por alguem do círculo de amizades, ou pelo computador lógico)… Ele tocou músicas de muitos paises claro, não só do Brasil, de outros paises aqui perto e também vizinhos latinos.
Então não precisa nem dizer que toda essa história de adesivos e blá blá blá, “Orgulho de ser Nordestino” ou “Orgulho de ser Brasileiro” e quaiquer tipos desses orgulhos em adesivos, bom, são uma balela sem tamanho, nem no São João, onde sou forçado a escutar todo um sortilégio de forrós eletrônicos, por morar vizinho ao Parque do Povo, escuto muito dificilmente uma música de Jackson do Pandeiro ou de Luiz Gonzaga (nem regravada)… Isso pra falar do “São João”, orgulho de Campina Grande e de muitos que usam tal adesivo. Escutar uma música de Carlos Lyra… Humpfff, pelo menos no São João sempre há a esperança de Gonzagão e Jackson, para Carlos Lyra não tem esperança mesmo.
Cheguei a conclusão, que, talvez, os espanhóis daqui, tenham mais orgulho de ser nordestino, que os nordestinos dai… Mas como dizem, o que há de bom no Brasil, é exportado, jogadores, frutas, e até músicas exportação, enquanto no Brasil explodem as duplas sertanejas, aqui eles tocam Carlos Lyra, Gonzagão e Jackson do Pandeiro, música tipo exportação!!!
PS: Claro que o “Orgulho de ser …” é uma balela não só por causa da música, a música foi apenas o exemplo usado nesse pequeno post, como num bom papo de boteco… =)