Bom, ontem conversando, vi que o problema da caderneta de poupança era mais sério ai no Brasil do que eu dei atenção, de longe, o que se nota mais, é a tentativa desesperada do PiG* de desqualificar Lula, que é MUITO bem visto, tanto pelos espanhois (como já falei aqui), como pelo pessoal do resto da América Latina que conheci, todos querem Lula. Menos, é claro, os brasileiros mais ricos (aqueles com o fraco discurso da elite) que por aqui estudam. Não que os ricos sejam burros (hihihihi), ou eu tenha a pretensão de querer dar uma de inteligente, mas ainda não encontrei alguém mais afortunado com quem desse pra conversar por aqui. Parafraseando Alberto Ramos, “…estas nossas autodenominadas “elites”, com o nível cultural que têm, devem pensar que Stradivarius é um tipo de massa italiana e que o Stenway é uma marca de cerveja alemã.

O certo é que não entendo muito de política, e antes menos ainda, mas é tudo um joguetezinho, o PT quando era oposição tinha umas posições bem coerentes, pelo menos de acordo com o que me lembro nunca discordei por muito, e a aura de partido “limpo” (bem, essa caiu bem cedo depois que o partido virou situação como todos sabem né).

Bom, ai voltamos a oposição, e aqui eu sou obrigado a copiar do Acerto de Contas um trecho de post sobre o assunto, pois não sou economista, mas a leitura talvez seja essencial para o bom entendimento do post:
um ajuste é necessário hoje para possibilitar uma queda maior na taxa de juros básica da economia, a Selic (atualmente, em 10,25%). É por essa taxa que o governo remunera os investidores que compram título público (ou seja, quem empresta ao governo). Se a poupança render mais que os títulos oficiais, claro que todo mundo corre para poupança. E o governo quebra.


A proposta dos técnicos do governo era mudar a regra da poupança para que fosse remunerada em 65% da Selic e acabar com o rendimento mínimo de 6,17%. Mas a oposição caiu de pau, associando a medida ao confisco de Collor.

Ai está o joguete, a explicação, a oposição burra, não deixou o governo tomar a medida certa e cabível. Ora, talvez nem fosse objetivo do governo tomar a medida certa, o que fica claro, é que eles tentaram, a oposição negou, e o governo taxou as cadernetas de poupança acima de R$ 50 Mil, e diminuiu o Imposto de Renda sobre as aplicações em títulos, a maioria vinculados à Selic. Então, o governo deu uma de Robin Hood, agradou gregos e troianos, agradou quem queria que eles fizessem o certo (pois ficam com o discurso “nós tentamos”), agradou o povão que os elege (pois fica o “tomamos só dos ricos”). A oposição, bom a oposição talvez tenha agradado as elites, que não entendem o que aconteceu, e não estão interessadas nos erros crassos que essa oposição comete, e que vão pagar pelo erro. Jogada de mestre.

Como foi dito no primeiro mandato de Lula, faltava ver se os partidos da situação iriam aprender a ser oposição, parece que ainda não aprenderam. E nesse caminho continuarão oposição por um bom tempo. Não porque o governo é o melhor, mas porque a oposição é MUITO pior…

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*PiG (segundo Paulo Henrique Amorim) – Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.