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A canção de amor de J. Alfred Prufrock.


“E valeria a pena, afinal,
Após as chávenas, a geléia, o chá,
Entre porcelanas e algumas palavras que disseste,
Teria valido a pena
Cortar o assunto com um sorriso,
Comprimir todo o universo numa bola.”

T. S. Eliot.

White Cup and Saucer, 1864, Henri Fantin-Latour oil on canvas, 19 x 28 cm.

Então no último dia de janeiro de um hoje longínquo 2015 eu publiquei no Facebook o trecho do poema de T. S. Eliot, e a pintura de Henri Fantin-Latour.
Hoje eu não consigo pensar num lugar pior para ter feito a publicação. Mas também não deixo de achar bom que ele, o Facebook, me recorde as postagens antigas.

Vivo sem viver em mim.

Santa Teresa de Ávila.

Vivo sem viver em mim,
E tão alta vida espero,
Que morro porque não morro.

(…)

Ai que longa é esta vida!
Que duros estes desterros!
Este cárcere, estes ferros
Onde a alma está metida.
Só de esperar a saída
Me causa dor tão sentida,
Que morro porque não morro.

Ai, que vida tão amarga
Por não gozar o Senhor!
Pois sendo doce o amor,
Não o é, a espera larga;
Tira-me, ó Deus, este fardo
Tão pesado e tão amargo,
Que morro porque não morro.

(…)

The Ecstasy of Saint Teresa by Gian Lorenzo Bernini

The Ecstasy of Saint Teresa by Gian Lorenzo Bernini

Art or porn?

Claude Chabrol's 1959 À Double Tour The Good Old Naughty Days foi um filme lançado em 2002 que continha 300 (trezentos) clipes de pornô hardcore do cinema mudo françês entre 1905 e 1930.  Quando feitos eles tinham a função de ser exibidos nos brothels da época. Agora a questão, pornô hardcore do cinema mudo pode ser essa imagem ao lado? Afinal os hardcores de então não eram assim tão hardcores?! Não!?

Esse é um artigozinho do jornal The Guardian inglês, que pôe você no juri pra decidir o que é arte ou não baseado nas fotos (como essa ao lado). São ao todo dez fotografias pra brincar de distinguir arte de pornografia. Tente achar a linha que separa as duas coisas. =)

Clique aqui ou na figura pra ir ao teste.