“Há 50 anos, os estadunidenses, ou ao menos os não-pobres entre eles, “descobriram” a pobreza, graças a um livro de Michael Harrington, que falou sobre a existência de uma “Outra América”. Cinquenta anos depois, uma nova descoberta da pobreza está muito atrasada. E se olharmos bem de perto, teremos de concluir que a pobreza não é, afinal, uma aberração cultural ou uma falha de caráter, como a “cultura da pobreza” sustentou nos EUA. A pobreza é a falta de dinheiro.
Assunto interessante, porque uma mistura de weberianismo com ideologia de jornalista empregado de banco fez crer que a pobreza é a punição do sujeito por seus desvios morais. As ideologias reformadas ajudaram muito a inflar esse balão, também. Ou seja, você é pobre porque quer, porque é preguiçoso, porque não louva a deus, porque tem defeitos morais…
TUDO ISSO SÃO TOLICES, UMAS POR CIMA DAS OUTRAS. VOCÊ É POBRE PORQUE MEIA DÚZIA É RIQUÍSSIMA.”
Por Andrei Correia.
Com umas maiúsculas minhas no final, que é bacana!
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