Primeiro de tudo, não estou exatamente escrevendo um texto, mas, mais do que isso, divulgando um vídeo… O tema de Israel e Palestina é bem presente na Europa, talvez pela proximidade física, talvez pela existência de alguns poucos que realmente se importem com isso, e acreditem em valores amplamente divulgados como são os direitos humanos (e desses, precisamos mais, não só no Brasil, como no mundo todo, se fosse um programa televisivo, até aqui o texto se chamaria, “gente que faz”), e tambem pela existência de alguns que querem se aproveitar da (subis) existência promovida pelos grupos dos quais os primeiros fazem parte.
Assim, que, voltando a Palestina, tema que me persegue essa semana, depois de ver dois episódios de Salvados, programa de televisão tipo documentário, com um humor por vezes ácido, por vezes bobo, mas com uma fórmula que funciona… Primeiro tratando mais o tema pelo lado palestino, depois pelo lado judeu… É notável, e eu já concordava com isso, a conclusão a que chegam alguns entrevistados, e o próprio apresentador (@jordievole) de que os argumentos são os mesmos dos dois lados, e que um lado, quer o fim do outro.
Não obstante, há claramente um lado mais forte, o Judeu, que sem dúvida oprime os mais fracos palestinos, basta ver pedaços das reportagens para notar que os “colonos” judeus, em algumas cidades palestinas, jogam o lixo em cima dos palestinos, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Isso pra dizer o mínimo. Crimes e assassinatos de civis, acontecem de ambos os lados, que têm seus heróis e mártires cada um a seu gosto, mas de novo, levando em consideração o exército de Israel, ai os crimes dos Judeus, dão de goleada, sem dúvida. Vale muito a pena ver os documentários, pra ver outras nuances do problema, na minha opinião singela os documentários eximem um pouco Israel, mas eles também não se propõem a atacar uma das realidades, apenas “noticiar”…
E ai, o mais importante, e impressionante também. Hoje, há alguns minutos atrás na verdade, fui a uma palestra da Anistia Internacional, onde ocorreu o depoimento de uma garota catalã que estava em um dos barcos da excursão humanitária a faixa de Gaza no ano passado. Ela conta as torturas a que foram submetidos os tripulantes (civis) pelo exército de Israel, entre muitas outras coisas, que foram algemados todos pelados, e a discriminação promovida pelo exército de Israel entre europeus e mulçumanos, suas conversas com os Turcos (maioria na frota já que o maior barco era Turco) sobre a Islãmofobia que vem tomando conta da Europa.. Enfim, um depoimento preciosíssimo, que eu realmente gostaria de ter em vídeo, para não estragá-lo com estes mal escritos parágrafos.
O impressionante, é que, após ver a morte, a tortura, e etc, ela pretende participar de uma segunda frota, que se antes eram 6 barcos (leia-se barcos comprados, já que ninguem se dispõe a alugar barcos para esse propósito), agora serão dez barcos, que se antes haviam 3 espanhóis, agora querem levar um barco espanhol, como da primeira vez havia um barco Grego. No primeiro parágrafo falei sobre gente que acredita nisso, acreditar, é diferente de dizer que acredita. Dar a vida, é um pouco dramático demais, mas essa menina, arrisca a dela, e convençe outros espanhois a arriscar a deles também. O vídeo que queria divulgar, foi a catalã quem editou, e vai assim:
Flotilla de la Libertad. Un ataque a la solidaridad from Rumbo a Gaza on Vimeo.